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Homecoming: A film by Beyoncé - sim, ela voltou!

Frequência Modulada

09/04/2019 22h07

O último domingo foi mais um daqueles com a internet em chamas! A dona da música pop Beyoncé anunciou o lançamento do documentário Homecoming: A Film by Beyoncé, sobre o épico show na edição de 2018 do Festival Coachella em Palm Springs, na Califórnia.

Além de todo furor em torno de tudo o que Bey já faz, temos uma leitura muito importante sobre o que envolve esse evento nos aspectos que criação artística e contribuição cultural. Esse show, que teve participações da talentosíssima irmã Solange, de seu marido Jay-Z e das companheiras do imperecível Destiny's Child, teve as sempre esperadas coreografias, trocas de roupa e o mar de fãs já conhecido como Beyhive. A narração do trailer fica por conta da sensacional poeta e escritora Maya Angelou. E claro, os motivos que tornaram essa apresentação épica:

A primeira mulher negra a se tornar headliner do festival.

Começou de verdade em 2017, no primeiro convite da franquia para que Beyoncé fosse a atração principal. E ela declinou, para priorizar o recolhimento durante a gestação do gêmeos Sir e Rumi, que estava em curso. Seu lugar acabou ocupado por Lady Gaga. Mas em 2018 veio com tudo, se tornando aí a primeira mulher negra a assumir o show principal desse que é um dos maiores eventos da agenda da música em âmbito mundial.

A contribuição cultural – e em vários aspectos

Teve encontro de gerações do chamado Black Girl Magic. Durante o sucesso Drunk in Love, a homenagem para a também gigantesca Nina Simone através de um mashup com a faixa Lilac Wine, de 1966. Teve também uma homenagem maravilhosa a uma das maiores instituições da cultura afro americana: as bandas de fanfarra. Os afro americanos referenciam demais as fanfarras das universidades negras, com suas coreografias repetidas por todos os componentes durante as apresentações. Cerca de 100 músicos e as bailarinas acompanharam Beyonce nos sucessos Crazy in Love, Freedom, Lift Every Voice and Sing e Formation. Além da doação de cem mil dólares para financiamento de bolsas de estudos nas HBCUs (Historically black colleges and universities) ou as universidades que historicamente formam grande volume de profissionais afro americanos, como a Howard University em Whashington, DC e a North Carolina A&T State University em Greensboro, Carolina do Norte. Nomes como Oprah Winfrey, o rapper e ator Common e o diretor Spike Lee foram algumas das personalidades que foram formadas por essas instituições preocupadas com a formação das populações afro americanas. E até a questão do logo para o documentário tem correlação. A grafia grega traz essa lembrança das fraternidades universitárias

Segundo o comunidado, o documentário está no ar no próximo dia 17 de abril. Claro que vamos ver. Claro que podemos conversar sobre. Estamos te esperando!

Sobre os autores

Fabio Lafa escreve textos, podcaster, pesquisador musical e consultor em music branding.

Nyack é Dj, pesquisador musical e beatmaker.

Juliano BigBoss é estudioso do marcado do rap, pesquisador, produtor artístico e executivo.

Sobre o blog

Papo semanal e bem descontraído sobre os ritmos que movem cidades. Dicas e mapeamento de cenários musicais - clássicos e emergentes, do analógico ao eletrônico.

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